Wednesday, January 27, 2010

Erre de erro

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A raiva roeu-me todo roído
no regresso das regras irrigadas.
Enraivecido, rastejo pelas ruas e sou
fustigado por rajadas de relâmpagos!
O rapaz que se regozijava no seu recanto,
repetia sem parar o erre com som rrrrrrrrrrrrrrr…
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…
rrrrrrrrrr…
Recomeço.
Enregelado, como quem se ri do rasto quente,
regurgito reminiscências raspadas das ruas.
Arranho algumas recordações, com receio de
relembrar a porrada que revelou ser ríspida.
Realmente…
Retraído pela traição revivida, vou de rojo
pelos romances reproduzidos sem reciprocidade.
Revejo-me na rispidez irreal da realidade.
Como reagir?! Não há erro.
A resposta é rasa e rápida… sem rodeios:
Com a letra erre, com erre grande, R.
De Raiva.

1 comment:

Anonymous said...

Há uma coisa q n gosto deste poema, a realidade do sentimento q descreve...Mas pq é sentido, pq cada palavra existe e é dentro do poeta.
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

(antes n sentisse)

Rita Katita