Pai,
Ao escrever estas palavras
recordo tempos passados no passado
quando ainda era muito pequenino.
Ainda debaixo da tua asa, lá na nossa rua,
lá na nossa casa.
Brincava e pulava e corria satisfeito porque
sabia que te tinha a ti e à Mãe por perto.
Contente porque eras tu
o Pai mais fixe
o Pai melhor, maior que os pais dos outros
eras o Senhor Vivas, que toda a gente conhecia
e eu sabia e sentia que eras
o melhor Pai do mundo.
Aos meus olhos eras diferente
eras mais alto eras melhor.
Tinhas carisma e tinhas pinta e eras brincalhão.
Eras o maior, eras o meu Pai
o melhor Pai do mundo.
Os anos foram passando e passaram a correr
e agora já não sou pequenino mas tu…
continuas a ser o maior!
O mais carismático, com mais pinta
o mais brincalhão
o meu Pai
o melhor Pai do mundo.
Apesar da distância que nos separou
nunca nos separámos.
Trouxe um pouco de ti comigo um pouco de nós.
Das nossas brincadeiras das nossas zangas.
Do meu olhar pasmado enquanto admirava
o teu ritual todas as manhãs, com as tuas gravatas
e camisas e sapatos e tudo o que vestias!
Das nossas viagens de Vila Fernando
dos teus carros que eu sonhava.
De porca-minde!
Das surpresas que me fazias.
De te ir visitar de te mobilizar.
De nos mobilizarmos um ao outro
como dois amigos inseparáveis.
Fiquei teu amigo e com estes versos
tento debelar a distância que nos separa.
No dia do teu aniversário relembro
o lembrar-me de ti todos os dias.
Afago as saudades todas que rebentam
nesta prenda imaterial.
Com esperança de que tenhas orgulho em mim
como eu tenho e sinto por ti, enquanto escrevo
este poema.
Enquanto disfarço as saudades
no meio das palavras.
Destas palavras escritas para ti,
para o meu Pai
o único Pai o Badida
o maior o melhor
o mais carismático o com mais pinta o mais brincalhão.
O melhor Pai do mundo.
Feliz aniversário,
Pai.
2 comments:
Já é a 3ª vez que tento deixar aqui o meu comentário...
Não fica, e não sei porquê...
Já li, e como todos os outros...
AMEI!
Não fica porque eu tenho de autorizar! Obrigado Rita
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