Um suspiro
sussurra os lamentos de ontem
à procura de
uma brisa que o leve
para longe…
para bem longe.
Sente-se
sozinho, sem companhia.
Mas afinal
um suspiro é só isso
um suspiro.
Qual nesga
de ar sem espaço para crescer.
Mas cresce.
Lentamente,
transforma-se em grito
e berra cá
para fora as suas angústias.
Sonha que um
dia vai conseguir
gritar em
grupo, fazer um coro
de berros
que façam muito barulho!
Quer voar,
dar asas a tudo o que sonhou.
Nos espaços
mais recônditos
escondidos
nas profundezas de nós
estão
sentados, à espera e em alerta paciente…
todos os
sonhos recatados
todas as
vontades despedaçadas.
Vão emergir
um dia, envergonhados mas possantes,
empurrados
através da luminosidade alva.
1 comment:
Gostei, gostei bastante deste poema! Abraço, Tuka
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