Era uma vez…
Um pobre coitado.
Quer dizer… de pobre não tinha nada,
porque era um pobre sem nada.
Era pobre.
Não tinha nada, um pobre de nada com nada.
Coitado.
Bem-vindo ao meu blog de poesia. Aqui publico com irregularidade os meus poemas. Na página principal só consegue ver dois, pois não quero uma página infinita. Para ler mais basta seguir os "links" do lado esquerdo. Após a publicação do primeiro livro, a divulgação continua a ser a palavra de ordem. Por isso, espero pelos seus comentários e se gostar, partilhe! Obrigado e boas leituras.
Era uma vez…
Um pobre coitado.
Quer dizer… de pobre não tinha nada,
porque era um pobre sem nada.
Era pobre.
Não tinha nada, um pobre de nada com nada.
Coitado.
Os sussurros que sibilam pelo sonho,
assobiam sossegadamente sozinhos.
Sentem-se sós.
Assoberbados pela eloquência do ser
superior que sustenta a sobriedade.
São assumidamente assuntos de
insuspeita sabedoria, paciência.
E esse que silva o suco de si,
aspira à sagacidade assaz incerta.
Surge o sonhador.
Assim… sem saber soçobrar, assina
o seu destino simples de perscrutar.
São sublimes açoites que fustigam
o insuportável susto do sensato.
Confuso começar
Onde se agarrar?
Não pode
Fugir, saltar para
Um lado que
Nem sempre será certo
De se cair,
Impedindo a vontade de
Raciocinar.
Engano da mente que
Não questiona, sente;
Gosta de perguntar
A quem a entende e
Não responde, ajuda e
Agradece.
Responde… cala-se e desaparece.
Distraindo o pensamento
Incongruente e enganado;
Sente-se abalroado…
Traído – talvez irado mas
Resplandece de ironia,
Aquela que é o dom do artífice,
Instigado a enganar, confundindo,
Roendo a dura verdade do engano.