“Tenho pressa. Tudo me espera onde não existo. Nada existe onde não estou e não estou em nenhum lado (…). Sou a solidão.”
José Luís Peixoto
Não ouço Nada.
Vejo com os olhos fechados
o silêncio dos sentidos embrulhados
na espera descontrolada.
Sinto a tua presença.
Não te consigo perscrutar, mas estás aí!
Em tudo aquilo que não fiz e não senti
fico só, na lembrança.
Solidão, desgraçada e matreira.
Noites escurecidas pela existência,
pela perseverança e insistência
em delírios e vaidades sem estribeira.
E o Tudo não me ouve e não me sente
na espera que constrói o seu caminho,
por vias de flores sem raiz e com espinho.
Rosas que perfuram a sensação demente.
Tenho pressa e consigo ver um pouco de sensação.
Estou lá, danço uma valsa com a emoção.
No comments:
Post a Comment