Já lá vai o
tempo em que olhava
as estrelas,
sozinho numa qualquer viagem
e pensava:
Que amor
estará reservado para mim?
Olhava as estrelas
e chorava a falta de ti,
de ainda não
te conhecer.
Era jovem,
era novo, era tolo.
Não sabia o
que esperar.
Olhava as
estrelas e chorava a falta de ti.
Sempre senti
a tua falta na minha respiração,
condicionada
pela ausência do teu sorriso
que afinal
de contas, eu não conhecia.
Já lá vai o
tempo em que olhava
as estrelas
e perguntava à Lua:
Que amor
está reservado para mim?
Olhava as
estrelas e chorava a falta de ti.
Como
qualquer rapaz novo
julgava eu
que era!
Como
qualquer sonhador
que procura
nas estrelas a resposta,
a solução
para o respirar ofegante.
Mas afinal,
o meu problema era precisamente esse!
O fraco
respirar.
Não sei, o
ar parecia não ser suficiente.
E perguntava
às estrelas:
Onde estás,
meu amor?
Onde está o
meu amor?
Olhava as
estrelas e chorava a falta de ti.
Era jovem,
era novo, era tolo.
Não sabia o
que esperar.
E agora o
tempo vai, o tempo
segue o seu
caminho e o meu respirar…
Bem, o meu
respirar é ofegante!
Parece que
as estrelas me responderam.
Parece que a
resposta eras tu,
parece que
estava escrito nas estrelas.
A Lua,
dissimulada, nada me disse!
Mas este respirar,
este excedente de ar
que quase
faz rebentar os meus pulmões
que quase
faz saltar o meu coração para fora de mim.
Este
respirar diz-me que és tu,
és tu a
estrela que me faz ficar fora de mim.
Olho as
estrelas agora, e já não choro.
Pelo menos,
não choro de tristeza!
Sinto a emoção
crescer dentro de mim,
sinto o
sentimento.
Sinto que o
olhar as estrelas afinal fazia sentido.
Sinto que o
olhar as estrelas era esperar por ti.
E agora, que
te tenho a meu lado,
sinto que
sou o sonhador mais felizardo!
Sinto que o
amor afinal existe
sinto que
afinal o respirar fazia sentido.
Sinto que
havia sentido em respirar.
Olhava as
estrelas e chorava a falta de ti.
Era jovem,
era novo, era tolo.
Não sabia o
que esperar.
Agora o
tempo passa e eu não vejo
o tempo
passar.
Agora as
estrelas chegam mais cedo
e vão-se
embora mais tarde.
Agora tudo
faz sentido, porque a Lua está aqui.
Consigo vê-la
aqui, bem a meu lado.
Consigo ver-te
e ter a certeza que não há,
Não existe… um céu mais estrelado.
4 comments:
já tardava, né? :)
E quando desencafuas o que está na gaveta?
Bem vindo de novo!
Adorei Parabéns!!
Não me canso de ler este. Dá gosto ler os teus e é tão raro haver quem tenha este dom de tocar nos sentimentos dos outros como estes poemas me tocam a mim. é como me lessem a alma bem bem lá no fundo! Sinto que dizes com a maior clareza possível aquilo que nem por simples palavras consigo transpor. Bem hajas por esse dom.
Vou fazer como tu, perguntar às estrelas, pois a lua é mentirosa! Muito bonito este poema, somos tantos a fazer tais perguntas, haja quem consegue dizer o que vai na alma de muitos!
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