Friday, August 16, 2013

Olhava as estrelas

Já lá vai o tempo em que olhava
as estrelas, sozinho numa qualquer viagem
e pensava:
Que amor estará reservado para mim?
Olhava as estrelas e chorava a falta de ti,
de ainda não te conhecer.
Era jovem, era novo, era tolo.
Não sabia o que esperar.
Olhava as estrelas e chorava a falta de ti.
Sempre senti a tua falta na minha respiração,
condicionada pela ausência do teu sorriso
que afinal de contas, eu não conhecia.

Já lá vai o tempo em que olhava
as estrelas e perguntava à Lua:
Que amor está reservado para mim?
Olhava as estrelas e chorava a falta de ti.
Como qualquer rapaz novo
julgava eu que era!
Como qualquer sonhador
que procura nas estrelas a resposta,
a solução para o respirar ofegante.
Mas afinal, o meu problema era precisamente esse!
O fraco respirar.
Não sei, o ar parecia não ser suficiente.
E perguntava às estrelas:
Onde estás, meu amor?
Onde está o meu amor?

Olhava as estrelas e chorava a falta de ti.
Era jovem, era novo, era tolo.
Não sabia o que esperar.

E agora o tempo vai, o tempo
segue o seu caminho e o meu respirar…
Bem, o meu respirar é ofegante!
Parece que as estrelas me responderam.
Parece que a resposta eras tu,
parece que estava escrito nas estrelas.
A Lua, dissimulada, nada me disse!
Mas este respirar, este excedente de ar
que quase faz rebentar os meus pulmões
que quase faz saltar o meu coração para fora de mim.
Este respirar diz-me que és tu,
és tu a estrela que me faz ficar fora de mim.

Olho as estrelas agora, e já não choro.
Pelo menos, não choro de tristeza!
Sinto a emoção crescer dentro de mim,
sinto o sentimento.
Sinto que o olhar as estrelas afinal fazia sentido.
Sinto que o olhar as estrelas era esperar por ti.

E agora, que te tenho a meu lado,
sinto que sou o sonhador mais felizardo!
Sinto que o amor afinal existe
sinto que afinal o respirar fazia sentido.
Sinto que havia sentido em respirar.

Olhava as estrelas e chorava a falta de ti.
Era jovem, era novo, era tolo.
Não sabia o que esperar.

Agora o tempo passa e eu não vejo
o tempo passar.
Agora as estrelas chegam mais cedo
e vão-se embora mais tarde.

Agora tudo faz sentido, porque a Lua está aqui.
Consigo vê-la aqui, bem a meu lado.
Consigo ver-te e ter a certeza que não há,
Não existe… um céu mais estrelado.