Escrevo porque sinto
que sinto aquilo que escrevo!
Sinto-me bem, quando escrevo.
Escrevo para mim, e para ti…
Escrevo para toda a gente.
Escrevo porque sou igual e claro,
porque sou diferente.
E porque não consigo falar,
escrever é uma necessidade.
Escrevo para desabafar e tentar amainar,
esconder, entorpecer a saudade.
Escrevo porque sinto falta:
de ti.
Escrevo porque me quero encontrar.
Escrevo porque estou aqui e
não me consigo ver.
Escrevo sem querer…
Escrevo por escrever!
Falo de mim principalmente.
Escrevo porque sou egoísta
e não falo porque sou altruísta.
Escrevo para descrever.
E nunca risco aquilo que escrevo;
reescrevo .
Falo a escrever porque sou mudo.
Escrevo sobre nada e sou previsível:
escrevo sobre tudo.
Escrevo para praticar;
escrevo para não desmaiar
e escrevo para divagar.
Escrevo sem pressa, versifico ao luar.
Escrevo para o Sol e sob a Lua.
Escrevo porque te quero e tu és tua.
Escrevo porque posso e porque espero,
escrevo porque sou sincero.
Escrevo porque a folha está em branco,
despida, feia, vazia, insípida.
Escrevo porque a palavra desliza
livremente através da minha mão.
Escrevo porque penso: e porque não?
Escrevo porque sei escrever e sem escrever
fico desequilibrado.
Escrevo para não ser derrotado.
Escrevo porque mesmo sem ti te tenho aqui
a meu lado.
Escrevo porque estou embriagado.
Escrevo porque me satisfaço.
Falo demais e grito armado em palhaço.
Escrevo para representar.
Escrevo para não falhar
mas falho no quase acabar.
Escrevo para rimar agora se me apetecer.
Escrevo verso solto se assim enlouquecer.
Escrevo porque sou sabedor de nada saber.
Escrevo para vencer.
Escrevo porque me elevo. Escrevo porque me atrevo!
Escrevo porque não sou eu quem escreve.
Escrevo porque sou eu quem sente.
Escrevo porque quem não escreve não finge, nem mente.
Escrevo porque te tenho à minha frente.
Escrevo porque sou crente.