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Deslizo os dedos lentamente sobre a tua pele de cetim
e sem querer levantam-se os cabelos todos
num arrepio descontrolado.
Todo o teu corpo à minha mercê, todo ele oleado pela vontade e pelo desejo.
Fico molhado devagar, com pausas que criam espasmos de prazer.
Já te percorri em carícias de poeta sensibilizado pela tua beleza.
Estou encantado! Vibro com as tuas curvas de sereia
que me deixam louco de querer…
Tenho de te apertar, perder-me na humidade,
no calor dos nossos corpos encaixados.
E mais um espasmo, e outro! E mais outro!
Todo eu te possuo e juntos cantamos melodias de carne e suor.
Fazemos amor.
E então o nós acontece.
Extasiados pela festa dos corpos em plena sintonia, entramos um no outro
devagar, depressa, devagar, depressa…
Devagar.
Todo eu e tu. Tudo nós. Escorremos de prazer e ficamos
molhados e banhados no suco do amor.
Dançamos mais um pouco, está a chegar o momento…
Todo eu e toda tu.
Estamos lá, no sítio onde não chegaríamos sozinhos.
Abraçados com força, no derradeiro espasmo de nós,
corre o rio que traz gritos de prazer.
E anoitece. Cansados, embarcamos em carícias que suavizam o êxtase carnal.
Chego-te para bem perto de mim, e sempre juntos,
partilhamos o sono dos amantes.
2 comments:
Meu Deus, como dizer...o que dizer...
Todo o meu corpo se arrepiou e todo ele desejou, quis e sonhou.
E não é tão bom esse "Nós", essa canção de amor, "carne e suor"?
Fizeste-me ter saudades do meu amor
As tuas palavras deliciam-me.
Impressionante!!!
Como é que um poema consegue ser tão visual e tão cheio de emoções!
Para se escrever assim é mesmo necessario um verdadeiro dom, não é só uma junção de palavras!
O segredo está em fazer com que elas tenham sentido juntas!
Continua a escrever e a publicar para que todos nós nos possamos deliciar a ler.
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