Em mais um cigarro fumo os pensamentos do dia,
considero acesos instintos apagados
nas cinzas que esvoaçam com o tempo.
E penso.
E vais mais uma passa, prolongada de
intenções sinceras e honestos desesperos.
A caneta prolonga os meus medos,
o cigarro amaina os meus desejos.
Tento controlar o sentimento, a recordação
que teima em me lembrar que o fumo
nunca vai parar de voar a não ser que eu,
todo eu e só eu o apague no cinzeiro cheio das beatas
do pensador amante.
Procuro mais uma vez o isqueiro, na necessidade
de arrastar o lume que vai novamente acender
o cigarro que crepita e me faz pensar…
Será que algum dia me vou queimar?
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