Friday, March 21, 2014

Dia Mundial da Poesia 2014

E porque hoje é o dia que é, e também porque há muito que ando arredado deste espaço, aqui fica mais um poema que fez parte de uma exposição. Desta feita, é a interpretação que fiz do quadro que o meu amigo Luís Rosário pintou, para "cabeça de cartaz" da exposição que fizemos em conjunto.

Portanto, sem mais assunto, versifiquemos:


Eu sou aquilo que sou sem ter medos
e tu que estás a olhar para mim pensas
em roubar os meus segredos?

Pois olha outra vez porque não viste bem…
eu não sou tua nem sou de ninguém.

Chamo-me Lua.
Sou assim simples, despida e nua.
Saio só… durante a noite vou para a rua.

O espaço é meu e faço dele o que quero
atreves-te a duvidar que sobre a noite eu impero?
Pois duvida e abre os olhos, que não é por ti que eu espero.

Olha, observa, enxerga enquanto puderes
eu sou a qualidade do pensamento que me auferes.
Sou preto e sou branco, sou o que tu quiseres.


Mas não penses que mandas em mim, porque a Lua não tem dono.
Tem as estrelas que a alimentam e no teu sonho o seu trono.