Portanto, sem mais assunto, versifiquemos:
Eu sou aquilo que sou sem ter medos
e tu que estás a olhar para mim pensas
em roubar os meus segredos?
Pois olha outra vez porque não viste bem…
eu não sou tua nem sou de ninguém.
Chamo-me Lua.
Sou assim simples, despida e nua.
Saio só… durante a noite vou para a rua.
O espaço é meu e faço dele o que quero
atreves-te a duvidar que sobre a noite eu impero?
Pois duvida e abre os olhos, que não é por ti que eu espero.
Olha, observa, enxerga enquanto puderes
eu sou a qualidade do pensamento que me auferes.
Sou preto e sou branco, sou o que tu quiseres.
Mas não penses que mandas em mim, porque a Lua não tem dono.
Tem as estrelas que a alimentam e no teu sonho o seu trono.