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Tic tac tic tac, o relógio marca o compasso.
Estou atrasado e o susto aperta o passo…
Sorrateiramente vem, prega-me um cagaço!
Mas eu resisto e aguento, não me desfaço.
A hora muda e fico todo trocado…
Uns minutos de adianto no horário marcado
adiam o reencontro do tempo no passado.
Fico preso no mesmo sítio, ao presente agarrado.
Mas o tempo acaba por passar e vai passando,
enquanto eu fico parado no tempo que vai andando.
O gerúndio dá continuidade às palavras que comando
que andam e param à sua vontade, comigo olhando.
Tic tac tic tac o tempo pára:
o relógio está avariado.
Chegou o fim do dia vou dormir,
estou cansado.
