Eis o meu tributo ao maior poeta de sempre: Fernando Pessoa
"Para ser grande, sê inteiro – nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim, em cada lago, a tua Lua toda brilha porque alta vive."
Fernando Pessoa
Os versos que por aqui correm
Dizem tanto, e tão pouco,
Falam até que as rimas chorem,
Até que as palavras me deixem louco.
E louco! Fico, vou escrevendo.
Não me importo, não tenho medo
Das coisas que vou dizendo,
Que absorvem, me deixam seco.
Mas então surge o verso, em sensação.
A rima existe, devora o espaço.
Sinto que digo aquilo que quero,
Mas não digo aquilo que faço!
Porque ser poeta será fingir?
Será dizer que sim? Ou não…
Fingir aquilo que sinto?
Nem por sombras, atenção!
Bem-vindo ao meu blog de poesia. Aqui publico com irregularidade os meus poemas. Na página principal só consegue ver dois, pois não quero uma página infinita. Para ler mais basta seguir os "links" do lado esquerdo. Após a publicação do primeiro livro, a divulgação continua a ser a palavra de ordem. Por isso, espero pelos seus comentários e se gostar, partilhe! Obrigado e boas leituras.
Tuesday, February 22, 2005
Monday, February 21, 2005
Acontece
Acontece, e logo...
Desaparece – Porquê? Não sei.
Só sei que não está
quando devia estar.
Só sei que não é…
Quando devia ser.
Pois se fosse certo
quando está errado,
não estaria bem;
porque também, se…
Se não existisse
Poderia vir a ser e,
No entanto
Desaparece.
Porquê? Esconde-se e,
não mais aparece,
para que depois a saudade
possa dizer:
Acontece e… logo se esvanece!
Desaparece – Porquê? Não sei.
Só sei que não está
quando devia estar.
Só sei que não é…
Quando devia ser.
Pois se fosse certo
quando está errado,
não estaria bem;
porque também, se…
Se não existisse
Poderia vir a ser e,
No entanto
Desaparece.
Porquê? Esconde-se e,
não mais aparece,
para que depois a saudade
possa dizer:
Acontece e… logo se esvanece!
A Noite
Dentro, entra lentamente
Não avisa! Vai entrando.
Chega, apaga, escurece!
Em formas negras e sombrias
como sombras vadias,
que a Noite enlouquece.
Fora tudo é breu, Preto!
Lua escura, brilhante,
De uma luz ofuscante!
Vento que de repente assobia,
Assim como uma brisa fria.
De sensação arrepiante.
Entre as fisgas de luz
Levanta-se a escuridão.
Numa loucura que te conduz,
É a Noite, atenção!
E porque escurece, nada vejo
Porque tudo se esvanece, nada sinto.
É a Noite que impera, é verdade!
Porque a luz diz que não minto.
Não avisa! Vai entrando.
Chega, apaga, escurece!
Em formas negras e sombrias
como sombras vadias,
que a Noite enlouquece.
Fora tudo é breu, Preto!
Lua escura, brilhante,
De uma luz ofuscante!
Vento que de repente assobia,
Assim como uma brisa fria.
De sensação arrepiante.
Entre as fisgas de luz
Levanta-se a escuridão.
Numa loucura que te conduz,
É a Noite, atenção!
E porque escurece, nada vejo
Porque tudo se esvanece, nada sinto.
É a Noite que impera, é verdade!
Porque a luz diz que não minto.
Subscribe to:
Posts (Atom)